Expedição ao Peru – Partindo de Huaraz para a Quebrada Ishinca com o objetivo de ganhar experiência em expedições a alta montanha. Escalando os nevados Ishinca e Urus.

Até parece um explorador

O Objetivo

O CAP – Clube Alpino Paulista. É um clube de alpinismo e uma das suas razões para a existência é promover a convivência em diversos tipos de escalada e também alta montanha.
Com este foco resolvemos fazer uma expedição para Huaraz, para escalar o Urus e Ishinca.
O objetivo era dar experiência e a convivência em alta montanha, para quem não tinha.

Esta é a segunda vez que fui para Huaraz. Veja aqui a primeira vez

A expedição

Esta era uma expedição onde cada um fazia uma parte, para o bem de todos. Não havia ninguém para organizar e sim nós mesmo.
Nos primeiros dias compramos os mantimentos, equipamento etc.
Conhecemos algumas pessoas que administram o Refúgio Ishinca e acertamos com eles o transporte e alguns serviços como mulas etc.

Para aclimatar, fomos para a laguna Churup.

Como estavamos em 15 pessoas, alugamos uma van que nos levou até Pitec, onde se inicia a trilha e ficou esperando para trazer de volta a Huaraz.

Quebrada Ishinca.

O ponto de partida da trilha para Quebrada Ishinca está situado em Huillac, 2 km após o pequeno “pueblo” de Colón, onde encontrará um pequeno escritório PNH (Parque Nacional Huascaran).
A Quebrada Ishinca é uma das mais próximas de Huaraz e de seu acampamento-base você pode escalar dois picos de 5000 metros (Ishinca e Urus) e dois de 6000 metros (Tocllaraju e Ranrapalca).
Ishinca e Urus são montanhas de aclimatação para se preparar para os picos mais altos da Cordilheira Branca.
São normalmente considerados um pico de trekking mais do que um de escalada, mas as condições meteorológicas podem tornar esta trekking longe de ser uma aposta segura.

Nevado Ishinca.

Nevado Ishinca 5530 m, que significa “montanha coberta de neve” – pertencente ao extenso Maciço Chinchay. A montanha está localizada na cabeceira da Quebrada (vale) Ishinca.
Quebrada Ishinca tem um acesso relativamente fácil, somente 1 dia de Huaraz e a facilidade de atingir várias montanhas de um mesmo acampamento-base

Urus.

Urus tem 5420 metros e várias rotas para o cume. A considerada mais fácil é a Urus este.
As fendas não são uma preocupação. A rota normal vai beirando a pequena geleira para uma encosta de neve não complicada. O interesse neste pico é pela sua localização com excelentes vistas.
Ranrapalca, Tocllaraju e Oshapalca são montanhas acima de 6000 metros e bem técnicas.

O início da expedição.

Depois de alguns dias, estávamos finalmente prontos para iniciar a expedição.
Carregamos o ônibus com tudo que tínhamos preparado e seguimos para Huillac, onde começa a trilha para a quebrada Ishinca.
Assim que chegamos, fomos acertar a papelada com o escritório do PNH (Parque Nacional Huascaran).
Colocamos todos os equipamentos nas mulas e iniciamos a trilha.
A trilha é bem suave, mesmo subindo. Claro que tem a altitude, mas é uma caminhada bem tranquila.
Estávamos com muitas pessoas e algumas tiveram mais dificuldades devido a altitude.

Eu e mais algumas pessoas fomos à frente para iniciar a montagem do acampamento, pois, já estava ficando bem frio.

Aclimatação e descanso

Para nossa aclimatação primeiro descemos a trilha de volta até a metade do caminho e voltamos para o acampamento.
No outro dia subindo a trilha para o Ishinca até perto do glaciar e voltamos.
Também tivemos uns dias de descanso.

 

No outro dia foi para descansar e uma caminhada para melhor aclimatar.
Infelizmente algumas pessoas estavam bastante debilitadas e ficaram descansando no acampamento.
Eu e mais uma galera fomos tentar chegar ao cume da Ishinca.

Tentativa do cume do Ishinca.

Resolvemos que iríamos sair direto do acampamento-base e não utilizar o abrigo que existe mais próximo da geleira.
Levantamos às 2 horas, tomamos café e começamos a caminhar às 3:00.
A primeira parte é bem forte e depois vai subindo mais lentamente.
As 7 da manhã, chegamos na base da geleira. Colocamos os equipamentos de gelo e iniciamos a subida.
Tivemos alguma dificuldade com o grupo, o que fez demorar muito a subida e chegamos na base do cume e ficamos esperando os que vinham atrás.
Depois e algum tempo eles chegaram e após alguns acertos houve algumas mudanças dos participantes e um grupo voltaria.
Eu Wagner, Yoshimi e Vandeira iríamos seguir ao cume.
Tivemos várias dificuldades com o ritmo de subida, mas conseguimos chegar ao cume já muito tarde.
Ficamos só alguns minutos e tivemos que descer já com o gelo derretendo muito rapidamente.
Foi uma descida muito estressante, mas deu tudo certo e chegamos muito cansados mais bem ao acampamento-base.

Primeiras baixas na expedição.

Algumas pessoas estavam bem mal e resolveram abortar a expedição e ir embora.

Tentativa do cume do Urus.

Continuamos a expedição e sairíamos para o Urus as 4 da manhã. Eu não estava muito bem, mas resolvi tentar.
A subida do Urus é muito íngreme e sofri muito. Chegando na base da geleira, eu estava bem cansado então resolvi não continuar e ficar esperando os que subiriam.
Fiquei esperando e descansando algumas horas. Quando pude ver a time já descendo então resolvi iniciar minha descida bem devagar.
Cheguei ao acampamento-base e depois de umas 2 horas chegaram o time que fez o cume do Urus.
Algumas pessoas tinham piorado e resolveram voltar uns dias antes do término da expedição.
Descansamos mais dois dias, desmontamos o acampamento e voltamos para Huaraz.
Cada um tinha sua agenda de compromissos e voos e assim nos despedimos em Huaraz.

Glacial Pastoruri

Como tinha mais alguns dias resolvi ir para o glacial Pastoruri.
O glacial está dentro do Parque Nacional Huascarán, a uma distância de aproximadamente 70 km do centro de Huaráz, e está a uma altitude que beira os 5000 metros sobre o nível do mar.
O tour completos levam em torno de 7 h, com algumas paradas no caminho.
Basicamente se chega de carro a uma trilha, que mais parece uma estrada.
Tem apenas 1,5 km e se chega ao Glaciar que, no tour, não se pode entrar no gelo.
Não tive a sorte, pois o tempo estava muito ruim, até nevando.
Valeu a pena por conhecer, mas foi muito tempo de carro para muito pouco de caminhada.
Para quem já viu outros como Perito Moreno, não vale a pena, mas como digo é sempre melhor ver pelos seus próprios olhos.

Hora de voltar para huaraz e para casa.

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